Óleos multifuncionais: tire suas dúvidas e aprenda a usar melhor o seu
Caso você não tenha notado, preciso avisar: uma invasão silenciosa de óleos multitratamento – que servem para o corpo, o cabelo e até para o rosto – vem ocorrendo nas prateleiras das perfumarias brasileiras. Óleo para corpo, a gente já tinha mania de usar faz tempo (só para citar um caso, o Séve, da Natura, é um clássico na vida das brasileiras). Óleo para cabelo, decidimos adotar já tem bem uns três anos – graças à febre causada pelo Moroccanoil e pelos equivalentes que surgiram no mercado depois. Mas os óleos multifuncionais, esses são novidade. Não exatamente porque constituam lançamentos mundiais (o Nuxe, por exemplo, existe na França desde 1991). A questão é que a maioria deles está chegando ao nosso país agora e, com isso, gerando curiosidade e dúvidas sobre como usar.
Para tirá-las e deixar você atualizadíssima, conversamos (eu e a Letícia Homsi, que colabora com o Blog das Convidadas) com dois dermatologistas feras: a Dra. Carla Vidal, de São Paulo, e o Dr. João Carlos Pereira, de São José do Rio Preto (terra da Lê). Veja o que eles contaram sobre essa categoria de produto, aprenda a obter só o que eles têm de melhor e aproveite para checar alguns que são encontrados nas lojas no Brasil.
1. No corpo
* Esse tipo de óleo se usa depois de sair do chuveiro, não dentro do box. E não deve ser enxaguado. Mas fique tranquila, eles são rapidamente absorvidos e não deixam a pele melada – ela fica com um toque acetinado e suave e você pode vestir a roupa sem medo após alguns minutos da aplicação.
* A leveza se deve ao tipo de óleo utilizado no seu preparo – o de argan, o de uva e o de macadâmia, por exemplo. Eles são mais delicados e fluidos do que outros óleos que a gente costumava usar, como o de amêndoas, o de abacate e o de rosa mosqueta.
* Esses mesmos óleos têm, além da leveza, a vantagem de incluir muitos componentes antioxidantes, como os ácidos graxos ômega 6 e ômega 9. Por isso, ajudam a prevenir o envelhecimento da pele e também aumentam a sua maciez e resistência.
* Vale usar no corpo todo, em áreas ressecadas, como cotovelos e joelhos, e em pontos estratégicos, como as cutículas – elas ficam mais macias e discretas quando se mantém o hábito de tratá-las com esse tipo de óleo. Outra boa ideia é misturá-los com um creme sem fragrância, como o Fisiogel – desse jeito se obtém ainda mais hidratação.
2. No rosto
Aqui, há alguma polêmica. Enquanto os fabricantes recomendam o uso facial, os médicos brasileiros ficam mais com o pé atrás. E com razão: aqui no Brasil, além de a gente enfrentar o calor praticamente o ano todo, temos mais casos de pele oleosa e, no geral, não suportamos quando o rosto fica com o toque ligeiramente untuoso que seja. Mas há casos em que os especialistas gostam de indicar o produto para a aplicação na face, sim. Quando a pele é seca por natureza ou quando está ressecada por algum motivo específico – como na volta de uma temporada na praia, quando geralmente fica faltando elasticidade e viço. Vamos às dicas:
* Na volta de uma temporada na praia: use por quatro a oito semanas, como um tratamento intensivo, inclusive na área à volta dos olhos. “Mas não misture com outros cremes”, avisa a Dra. Carla. De dia, continue passando seu hidratante e seu filtro solar habitual.
* Se você tem pele ressecada o tempo todo: use todas às noites, ou em noites alternadas (na noite não, passe seu antiage favorito). Você pode ou não aplicar na pálpebra – mas se for passar um outro tratamento nessa área, pule o óleo.
* Seja econômica: três ou quatro gotinhas bastam para espalhar no rosto inteiro. Vale esquentar o produto na palma da mão, friccionando uma contra a outra, para deixá-lo ainda mais fluido e facilitar a aplicação.
3. No cabelo
Aqui, o uso é um pouco mais liberal. Você pode utilizar como tratamento enquanto dorme, como finalizador, para aditivar a máscara capilar… Mas os dermatologistas alertam para algo que alguns cabeleireiros já me falaram anteriormente: não costuma ser uma boa ideia aplicar esse tipo de produto antes de fazer chapinha ou baby-liss. “Pode queimar o fio“, diz João Carlos Pereira. Importante: evite o couro cabeludo na hora de espalhar, para não deixar a raiz pesada. E, de quando em quando, utilize um xampu de limpeza profunda. Como todo cosmético que permanece no fio, óleos de tratamento podem ir se acumulando aos poucos e pedir uma remoção mais caprichada eventual.
Em tempo: os quatro óleos que você vê ao longo do post são vendidos em perfumarias variadas (como a The Beauty Box e a Sephora) e em perfumarias próprias (Kiehl’s e Caudalíe).
Fotos: divulgação Nuxe (abertura e Huile Prodigieuse), Josie Maran/Sephora, Caudalíe e Kiehl’s
gabis
Adoro! Eu tenho a pele oleosa mas não abro mão de óleos pro rosto. Gosto de usar em especial após a esfoliação. Minha próxima aquisição será o óleo de coco. Será que ele é mesmo tão bom quanto as celebs prometem? Bjs!